Kátia Osório

"Existe uma coisa lá fora chamada vida, temos o direito de vive-la!"

 

Eu tinha 17 anos quando fui morar com o meu agressor, ele na época tinha 47 anos.
Eu apaixonada, virgem, e totalmente de cabeça virada por ele, me entreguei por “amor”.
Foram longos nove anos de uma vida cheia de amargura!
Primeira agressão que sofri foi na minha própria casa, quando enciumado e enfurecido, veio pra cima de mim, me jogando o capacete da moto, em seguida me pegou pelo pescoço, me pegou pelos cabelos, arrancando assim um punhado da minha cabeça. Nesses nove anos, fui agredida com tapas na cara, chutes, agressão verbal de todo tipo, tive minhas roupas e pertences pessoais queimados por ele, era trancada dentro de casa, meus filhos presenciaram por vezes todas as agressões!
Eu não podia sair sozinha sem ele, eu vivia com medo, pavor, assustada, sentia vergonha dos meus vizinhos que sempre ouviam as baixarias que ele fazia comigo, por que ele gritava me ofendia pra todos ouvirem.
Ele também disse por várias vezes que me mataria se eu o traísse, ele toda manhã consumia excessivamente álcool, embriagado me atacava, mais muitas vezes fazia tudo de cara limpa.
Quando por fim me vi totalmente dependente dele, principalmente “emocionalmente”.
Eu queria sair daquela vida, me libertar, mais eu não conseguia, então nas madrugadas, chorando em meu quarto, eu me via em pensamento me jogando de uma ponte, cometendo suicídio! Sim! Eu desejava isso, pois eu pensava q pra mim não havia saída, era um tormento, medo de ficar sozinha, ser mãe solteira, enfim, eu amava meu abusador, e tinha um pingo de “esperança” que ele mudasse…”
Eu só queria uma família, e o pai dos meus dois filhos comigo.
Depois de nove anos, enfim juntei o que era meu e sai, pra nunca mais voltar, sofri muito, mais deixei de ama-lo… e hoje posso afirmar que sou grata a mim mesma pela oportunidade que eu me dei de deixar aquela vida medíocre.
Hoje três anos depois, ainda sofro muito, por que nunca mais serei eu mesma, as marcas que ficaram, o medo que eu carrego comigo, minha mente perturbada, um atestado médico de depressão, sou uma estranha pra mim mesma.
Posso até não estar morta fisicamente, mais por dentro já estou…
Sigo mesmo assim, sem esperança de dias melhores, sem força, sem vontade, desanimada, vazia, triste… não sou uma coitada, não tenho pena de mim, só que não quero continuar. Ele tinha razão, eu estou destruída pra sempre!!!

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