O sexo virtual é uma prática que cresce a cada dia e neste período de confinamento devido a COVID-19, é uma prática incentivada por muitos especialista, porém, para muitas mulheres é algo que ainda é tabu, pois libertar-se para uma experiencia sexual diferente é algo de grande dificuldade. Além do tabu existente, tem o fator confiança, pois muitas mulheres ao se relacionarem virtualmente com conversas, fotos e filmagens intimas ela corre o sério risco em ter sua imagem exposta pela pessoa a quem ela confiou.
Expor imagens intimas sem autorização é crime previsto no Código Penal Brasileiro, Lei 13.718/2018, porém sabemos que tal crime, embora leve quem o cometeu a cadeia, a vítima deste tem sua vida devastada, a mulher é julgada severamente, muitas perdem seus empregos, família, perdem a vida e tudo em nome de um machismo enraizado onde o homem pode sempre a nós mulheres somos privadas.
Em nome da moral e bons costumes, a sociedade não perdoa uma mulher que criminosamente tem suas imagens íntimas divulgadas, o que mais se ouve é: Ela queria o que com essas fotos? Com essas imagens? Com essas conversas? É uma safada sem vergonha, puta, vagabunda, entre outros adjetivos pejorativos.
Mas o que a mulher que pratica sexo virtual quer? Ela quer o mesmo que o homem, ela quer se apropriar de seu direito em ter uma experiencia sexual diferente, ter uma masturbação mais intensa, ter prazer, ela quer gozar.
Nós mulheres temos o mesmo desejo sexual dos homens, a diferença é que o homem sempre é incentivado ao passo que a nós existe a repressão, o homem quando tem sua imagens divulgadas geralmente é vangloriado como o garanhão, o pegador, o bonzão, bem diferente ao que acontece conosco, é como se as mulheres fossem seres privados do prazer e não somos, temos o direito em sentirmos prazer da maneira que bem entendemos e isso inclui o sexo virtual.
Mulher, se caso você venha a ter suas imagens íntimas divulgadas sem a sua autorização não se esconda, procure a justiça e denuncie quem as divulgou, não se prive dos seus direitos, lute pela sua liberdade sempre, incluindo a sua liberdade sexual.
Kátia Osório